domingo, 5 de outubro de 2014

Dispersão - Anemocoria

Imagem: Diego Costa


A dispersão é realizada através das unidades de dispersão ou diásporos que podem ser as sementes, os frutos, a planta inteira ou parte dela, ou a combinação desses.

A disseminação pode ser natural ou artificial. Esta última é um processo muito eficiente, realizada pelo homem, como por exemplo, no plantio das sementes cultivadas e/ou ornamentais.

Certas plantas espalham suas sementes sem a intervenção de agentes externos (autocoria), enquanto outras dependem de agentes dispersantes, entre eles o vento (anemocoria), a água (hidrocoria), animais (zoocoria) ou o homem (antropocoria). 

Hoje focamos  na dispersão pelo vento.. A anemocoria

Dispersão pelo vento e pode ser importante pelas distâncias alcançadas, mas é menos eficiente que a dispersão por animais, onde as distâncias percorridas pelos diásporos variam muito.

Os diásporos anemocóricos podem ser classificados em:


Diásporos-poeira: São característicos das famílias saprófitas, micotróficas e parasitas. Este tipo de diásporo está relacionado à fisiologia das plantas e à quantidade de diásporos necessários à entrada dos mesmos no substrato, portanto tal fato limita sua distribuição.

Diásporo-balão: São aqueles que têm alguma parte inflada. Em algumas orquídeas, a testa frouxa da semente pode formar um balão, no entanto esta característica está mais associada aos frutos.

Diásporos-plumosos: Nos diásporos plumosos os pêlos podem ter várias origens: funicular, placental, ou do tegumento. Nos frutos, o estilete pode ser persistente e eventualmente portar pêlos.

Diásporos-alados: Neste caso as alas propiciam os meios para o vôo planado dos diásporos, ou quando só de um lado possibilitam a propulsão dinâmica. Temos como exemplo as trepadeiras tropicais que desenvolvem grandes sementes aladas, pois acima da copa há sempre turbulência no transporte das sementes.

Diásporos-roladores (camécoros): São grupos formados por diásporos leves com grandes superfícies que não planam nem voam, mas são soprados pelo vento sobre o solo (tração eólica). Neste caso os diásporos podem ser grandes partes da planta ou mesmo todo o indivíduo que se torna globular. Também pode haver algumas modificações especiais tais como o rolamento dos ramos e o destacamento do solo.


Diásporos-lançadores (anemobalísticos): Neste caso a balística é posta em ação pelo vento, em contraste com os balísticos autônomos ou aqueles provocados por chuvas ou passagem de animais. O mais conhecido anemobalístico é o que ocorre em Papaver, onde os longos e elásticos pedicelos balançam com os ventos fortes e as cápsulas lançam longe as sementes através dos poros apicais. 


E é isso galera, até a próxima!  


Imagem: Diego Costa


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