Imagem: Diego Costa
A dispersão é realizada através
das unidades de dispersão ou diásporos que podem ser as sementes, os frutos, a
planta inteira ou parte dela, ou a combinação desses.
A disseminação pode ser natural ou artificial.
Esta última é um processo muito eficiente, realizada pelo homem, como por
exemplo, no plantio das sementes cultivadas e/ou ornamentais.
Certas plantas espalham suas sementes sem a
intervenção de agentes externos (autocoria), enquanto outras dependem de
agentes dispersantes, entre eles o vento (anemocoria), a água (hidrocoria),
animais (zoocoria) ou o homem (antropocoria).
Hoje focamos na dispersão pelo vento.. A anemocoria
Dispersão pelo vento e pode ser
importante pelas distâncias alcançadas, mas é menos eficiente que a dispersão
por animais, onde as distâncias percorridas pelos diásporos variam muito.
Os diásporos anemocóricos podem
ser classificados em:
Diásporos-poeira: São característicos das famílias saprófitas,
micotróficas e parasitas. Este tipo de diásporo está relacionado à fisiologia
das plantas e à quantidade de diásporos necessários à entrada dos mesmos no
substrato, portanto tal fato limita sua distribuição.
Diásporo-balão: São aqueles que têm alguma parte inflada. Em
algumas orquídeas, a testa frouxa da semente pode formar um balão, no entanto
esta característica está mais associada aos frutos.
Diásporos-plumosos: Nos diásporos plumosos os pêlos podem ter
várias origens: funicular, placental, ou do tegumento. Nos frutos, o estilete
pode ser persistente e eventualmente portar pêlos.
Diásporos-alados: Neste caso as alas propiciam os meios para o vôo
planado dos diásporos, ou quando só de um lado possibilitam a propulsão
dinâmica. Temos como exemplo as trepadeiras tropicais que desenvolvem grandes
sementes aladas, pois acima da copa há sempre turbulência no transporte das
sementes.
Diásporos-roladores (camécoros): São grupos formados por diásporos
leves com grandes superfícies que não planam nem voam, mas são soprados pelo
vento sobre o solo (tração eólica). Neste caso os diásporos podem ser grandes
partes da planta ou mesmo todo o indivíduo que se torna globular. Também pode
haver algumas modificações especiais tais como o rolamento dos ramos e o destacamento
do solo.
Diásporos-lançadores (anemobalísticos): Neste caso a balística é
posta em ação pelo vento, em contraste com os balísticos autônomos ou aqueles
provocados por chuvas ou passagem de animais. O mais conhecido anemobalístico é
o que ocorre em Papaver, onde os longos e elásticos pedicelos balançam com os
ventos fortes e as cápsulas lançam longe as sementes através dos poros apicais.
E é isso galera, até a próxima!
Imagem: Diego Costa
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